terça-feira, 13 de julho de 2010

Qualquer dia desses,sem saber onde e nem porquê
Sem ter que me desculpar ou sofrer
Eu hei de fugir para dentro de mim
O mais fundo que puder, quanto eu conseguir

A dor que dilacera,corroi
Entristece meu canto, desnorteia minhas ações
Nem eu me suporto,nem minha imagem se mostra
A solidão já se apoderou do que tenho de mais verdadeiro

A parte de mim que não ouso criticar ou mudar
A minha melhor parte,que salva minha vulgar existência
Essa é a que mais sofre,pois está se esvaindo aos poucos

Só preciso está aquecida,sentir-me protegida
Fingir que faz sentido o que não sei explicar
Qualquer dia desses,agora não pois estou cansada
Pare de fingir que se preocupa
Sei que nem ligas para minha vivência
Sôo tão banal que nem se dá ao trabalho de me amar
Nem buscas entender o que me aflige

Pode ser que eu nem mereça seu precário afeto
Ou seu ordinário e vil aperto de mão
Ultimamente tenho sido tão minha
Não sobra espaço pra mais ninguém

Preciso ocupar-me ou ficarei louca
Gritarei desvairada buscando subir aos céus de Ismália
Não preciso de perdão pois só machuco a mim mesma

Estou presa em meu sórdido calabouço
Que só só me traz tristeza e dor
Alimento os meus próprios carrascos